quinta-feira, 10 de maio de 2012

O amor está no ar.......

Boa tarde, pessoal!

Na aula de ontem conversamos sobre o Romantismo no Brasil, certo?
Aí está um resumo. Bons estudos. Bjs.

Romantismo no Brasil
 
Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza da pátria; na realidade, características já cultivadas na Europa e que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas. De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembléia Constituinte ; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de Ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abdicação. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.

Características do Romantismo

Um dos fatos mais importantes do Romantismo foi a criação de um novo público, uma vez que a literatura torna-se mais popular, o que não acontecia com os estilos de época de características clássicas. Surge o romance , forma mais acessível de manifestação literária; o teatro ganha novo impulso, abandonando as formas clássicas. Com a formação dos primeiros cursos universitários em 1827 e com o liberalismo burguês, dois novos elementos da sociedade brasileira representam um mercado consumidor a ser atingido: o estudante e mulher. Com a vinda da família real, a imprensa passa a existir no Brasil e, com ela, os folhetins, que desempenharam importante papel no desenvolvimento no romance romântico.

Quanto ao conteúdo, os românticos cultivavam o nacionalismo , que se manifestava na exaltação da natureza da pátria, no retorno ao passado histórico e na criação do herói nacional, no caso brasileiro, o índio (o nosso cavaleiro medieval). Da exaltação do passado histórico vem o culto à Idade Média, que, além de representar as glórias e tradições do passado, também assume o papel de negar os valores da Antigüidade Clássica. Da mesma forma, a natureza ora é a extensão da pátria ora é um prolongamento do próprio poeta e seu estado emocional, um refúgio à vida atribulada dos centros urbanos do século XIX.

Outra característica marcante no romantismo e verdadeiro “cartão de visita” de toda a escola foi o sentimentalismo , a valorização dos sentimentos, das emoções pessoais: é o mundo interior que conta, o subjetivismo . e à medida que se volta para o eu, para o individualismo, o pessoalismo, perde-se a consciência do todo, do coletivo, do social. A constante valorização do eu gera o egocentrismo ; os poetas românticos se colocavam como o centro do universo. É evidente que daí surge um choque da realidade e o seu mundo. A derrota inevitável do eu leva a um estado de frustração e tédio. Daí as seguidas e múltiplas fugas da realidade : o álcool, o ópio, as “casa de aluguel” (prostíbulos), a saudade da infância, a idealização da sociedade, do amor e da mulher. No entanto, essa fugas tem ida e volta, exceção feita à maior de todas as fugas românticas: a morte.

Já ao final do Romantismo brasileiro, a partir de 1860, as transformações econômicas, políticas e sociais levam a uma literatura mais próxima da realidade; a poesia reflete as grandes agitações, como a luta abolicionista, a Guerra do Paraguai, o ideal de República. É a decadência do regime monárquico e o aparecimento da poesia social de Castro Alves. No fundo, uma transição para o realismo.

Quanto ao aspecto formal, a literatura romântica se apresenta totalmente desvinculada dos padrões e normas estéticas do Classicismo. O verso livre , sem métrica e estrofação, e o verso branco , sem rima, caracterizam a poesia romântica.
 

Romantismo - Poesia

AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS

Como vimos, percebe-se nitidamente uma evolução no comportamento dos autores românticos; a comparação entre os primeiros e os últimos representantes dessa escola revela traços peculiares a cada fase, mas discrepantes entre si. No caso brasileiro, por exemplo, há uma distância considerável entre a poesia de Gonçalves Dias e a Castro Alves. Daí a necessidade de dividir o Romantismo em fases ou gerações. Assim é que no Romantismo brasileiro podemos reconhecer três gerações :

Primeira Geração – geração nacionalista ou indianista

Marcada pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.

Segunda Geração – geração do “mal do século”

Fortemente influenciada pela poesia de Lord Byron e Musset, é chamada, inclusive, de geração byroniana. Impregnada de egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida, desilusão adolescente e tédio constante – característicos do ultra-romantismo, o verdadeiro “mal do século”- seu tema preferido é a fuga da realidade, que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na exaltação da morte. Os principais poetas dessa geração foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.

Terceira geração – geração condoreira

Caracterizada pela poesia social e libertária, reflete as lutas internas da Segunda metade do reinado de D. Pedro II. Essa geração sofreu intensamente a influencia de Victor Hugo e de sua poesia político-social, daí ser conhecida como geração hugoana. O termo condoreirismo é conseqüência do símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos : o condor, águia que habita o alto da cordilheira dos Andes. Seu principal representante foi Castro Alves, seguido por Tobias Barreto e Sousândrade.


Romantismo - Prosa

O início da prosa literária brasileira ocorreu no Romantismo. Com o gradual desenvolvimento de algumas cidades, sobre tudo o Rio de Janeiro, a cidade da corte, formou-se um público composto basicamente de jovens da classe alta, cujo ócio permitia a leitura de romances e folhetins.

Esse público leitor buscava na literatura apenas distração. Torcia por suas personagens, sofria com as desilusões das heroínas e tranqüilizava-se com o inevitável final feliz. E, tão logo chegava ao fim, fechava o livro esquecia-o, esperando o próximo, que lhe oferecia praticamente as mesmas emoções. O público de hoje substituiu os romances e folhetins pelas telenovelas e fotonovelas, mas ainda continua em busca de distração, passando o tempo a torcer e chorar por seus heróis...

TENDÊNCIAS DO ROMANCE ROMÂNTICO

Romance urbano
É o que desenvolve tema ligado à vida social, principalmente do Rio de Janeiro. A variedade dos tipos humanos, os problemas sociais e morais
decorrentes do desenvolvimento da cidade, tudo serviu de fonte para os nossos romancistas, dentre os quais se destacam: José de Alencar (Senhora ; Lucíola), Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha; O Moço Loiro) e Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um sargento de milícias).

Romance sertanejo ou regionalista
Atração pelo pitoresco e o desejo de explorar e investigar o Brasil do interior, fizeram o autor romântico se interessar pela vida e hábitos das populações que viviam distantes das cidades. Abriam-se assim, para o romantismo, o campo fecundo do romance sertanejo, que até hoje continua a fornecer matéria a nossa literatura. Nessa linha, destacam-se José de Alencar, Taunay (Inocência) e Bernardo Guimarães (A escrava Isaura; O Seminarista).

Romance histórico
Foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a reinterpretação nacionalista de fatos e personagens da nossa história, numa revalorização e idealização de nosso passado. Nessa linha, os autores mais importantes são: José de Alencar (O Guarani; As Minas de Prata; A guerra dos Mascates), Bernardo Guimarães (Lendas e romances; histórias e tradições da província de Minas Gerais) e Franklin Távora (O Matuto; Lourenço).

Romance indianista
Ainda na perspectiva de valorização de nossas origens, surge o romance indianista, tendo encontrado sua melhor realização nas obras de José de Alencar, que idealizou a figura do índio, exaltando-lhe a nobreza e valentia. (Ubirajara; Iracema; O Guarani).

http://www.mundovestibular.com.br/articles/6517/1/Romantismo-no-Brasil/Paacutegina1.html

Aproveitem e vejam estes vídeos sobre o tema:

http://www.youtube.com/watch?v=Sj3ox0xsbR4
http://www.youtube.com/watch?v=yn1Hw1_RBEY

terça-feira, 8 de maio de 2012

2º Bimestre na área, pessoal!

Preparados para o 2º bimestre?
A matéria já começou e se vc deixou algo de lado, aí vai uma ajuda nos estudos:

Tipos de Discurso

As falas - ou discursos - podem ser estruturadas de duas formas básicas, dependendo de como o narrador as reproduz: o discurso direto e o discurso indireto.

Discurso Direto

O discurso direto caracteriza-se pela reprodução fiel da fala do personagem.  No discurso direto, a fala do personagem é, via de regra, acompanhada por um verbo de elocução, seguido de dois-pontos. Verbo de elocução é o verbo que indica a fala do personagem: dizer, falar, responder, indagar, perguntar, retrucar, afirmar, etc.

Discurso Indireto

O discurso indireto ocorre quando o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem.  No discurso indireto também temos a presença de verbo de elocução (núcleo do predicado da oração principal), seguido de oração subordinada (fala do personagem).
O tempo verbal, no discurso indireto, será sempre passado em relação ao tempo verbal do discurso direto.

Discurso Indireto Livre

Finalmente, há um caso misto de reprodução das falas dos personagens em que se fundem palavras do narrador e palavras dos personagens; trata-se do discurso direto livre. Observe a seguinte passagem do romance As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
"Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. 'Assim tenho neve o ano inteiro'. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes."
Na forma do discurso direto, teríamos:
"Então ela sacode de novo e diz:
- Assim tenho neve o ano inteiro.
Mas por que neve o ano inteiro?"
Na forma do discurso indireto, teríamos:
"Então ela sacode de novo e diz que assim tem neve o ano inteiro."

Vejam estes vídeos:

 http://www.youtube.com/watch?v=arXmOT3A7Fk&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=ffCAn4icfTQ&feature=relmfu


Bons estudos!

terça-feira, 13 de março de 2012

1ºBimestre

As aulas já começaram e a matéria também. Aí está o que estamos estudando esta semana: Resumo, Resenha e Fichamento.Bjs, galera!



Resumo

O Resumo é um texto que sintetiza o conteúdo de um livro ou documento, abordando as ideias principais em uma quantidade reduzida de palavras.

A maioria dos tipos de resumos são elaborados de forma que não seja necessária a consulta do livro ou documento completo para determinar se o assunto é relevante ou não para o leitor.

Os tipos de resumo se subdividem em:

Resumo crítico é aquele que também é chamado de resenha.

Resumo indicativo é aquele que apenas indica os pontos principais do livro ou documento, sem prolongar ou discorrer sobre estes pontos. Não mostra dados qualitativos ou quantitativos, sendo assim sempre que necessário deve-se consultar e averiguar o texto original, do qual foi extraído o resumo.

Resumo informativo é aquele que aborda as finalidades, metodologia, resultados e conclusões do livro ou documento de maneira que não seja necessário consultar o texto original, do qual foi extraído o resumo.


Resenha

A Resenha é a elaboração de um texto, a partir de um livro ou documento, em que pode ser realizada uma comparação de seu assunto ou uma avaliação crítica.

A resenha é produzida para mostrar a opinião crítica do autor sobre os livros e/ou documentos já lidos. Além disso, ajuda a guiar o leitor sobre determinado assunto, assim como, o arquivamento para posterior consulta. Desenvolve a prática da leitura e escrita de forma plena e com certa liberdade.

Apesar de ser um texto opinativo evita-se o uso da primeira pessoa do singular na sua elaboração

Os tipos de resenha se subdividem em:

Resenha resumo é aquela que apenas descreve o livro ou documento sem apresentar nenhuma crítica ou julgamento. Sua apresentação é de apenas um texto informativo. Pode ser elaborada também com o intuito de trazer informações sobre espetáculos, shows, filmes, amostras, exposições, blogs, websites etc.

Resenha crítica é aquela que trata do assunto e pontos principais do livro ou documento, com uma crítica apontando seus aspectos positivos e negativos. Apresenta aspectos semelhantes ao do resumo, porém com a opinião pessoal do autor embutida em cada aspecto principal do livro ou documento analisado. Quando analisa apenas uma determinada edição, de livro ou documento, entre várias é denominada recensão.

Resenha temática é aquela que apresenta uma crítica de vários livros ou documentos que tenham determinado tema, ou seja, o assunto em comum.

Fichamento

Fichamento é um método de armazenamento, controle e consulta de informações sobre livros ou documentos através da elaboração de fichas, com conteúdo que facilita o estudo e a aprendizagem. Utiliza-se das técnicas de resumo e resenha para a elaboração de seu conteúdo.

O fichamento é um procedimento realizado para ajudar no armazenamento de informações chave de determinado livro ou documento. É feito em fichas com um padrão de elaboração e disposição do conteúdo de forma sistematizada e resumida para que se localizem estas informações posteriormente.

Os tipos de fichamento se subdividem em:

Fichamento de transcrição ou citação é aquele em que se passará o texto do livro ou documento igual ao lido para a ficha. Logo se faz necessário à utilização das aspas no inicio e no final da transcrição. O fichamento é um procedimento realizado para ajudar no armazenamento de informações chave de determinado livro ou documento. É feito em fichas com um padrão de elaboração e disposição do conteúdo de forma sistematizada e resumida para que se localizem estas informações posteriormente.

Fichamento de resumo ou conteúdo é aquele que traz uma compilação das ideias do autor, ou seja, dos assuntos e características principais abordadas no livro ou documento. Utiliza as mesmas recomendações da elaboração de um resumo, porém obedecendo a estrutura de uma ficha para fichamento.

Fichamento de comentário ou crítico é aquele que realiza uma avaliação completa do livro ou documento em todos os seus aspectos, principalmente nos assuntos principais levando em consideração a opinião de quem elabora a ficha. Utiliza as mesmas recomendações da elaboração de uma resenha, porém obedecendo a estrutura de uma ficha para fichamento.

2012!!!! Noturno!!!!

Pois é....mais um ano....e este ano com novidades...Estou com o pessoal da noite do 2º ano. Mas isso não quer dizer que não possa ajudar aos meus ex-alunos, ok? Na dúvida é só pedir ajuda que farei o máximo para ajudá-los.
Que este seja mais um ano de grande aprendizado para todos nós!!!!
Bjs :)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Olá!

Olá pessoal! Estamos na reta final, hora de levar mais a sério as aulas de todas as disciplinas, ok?

2º Ano: Eis aí o tema estudado em sala: Predicado e predicativo.
                                    
                                  O Predicado
Os predicados contêm necessariamente um verbo, mas seu núcleo pode ser um verbo, um nome, ou pode ser formado por um verbo e um nome. De acordo com o tipo de núcleo os predicados se classificam em:

• Predicado nominal: é aquele que tem como núcleo um nome, uma forma verbal (substantivo, adjetivo, locução adjetiva). Tipo de predicado em que ocorre verbo de ligação e predicativo do sujeito.

Ex: Ela            anda                  feliz
            
      
             sujeito                      v. de ligação                             pred. do sujeito
                                              predicado nominal


• Predicado verbal: é aquele que tem como núcleo um verbo.

Ex: Os jogadores                andam      pelo gramado.

          sujeito                                                               núcleo do predicado
                                                                                     predicado verbal


• Predicado verbo-nominal: é aquele que tem dois núcleos: um verbo e um nome.

Ex: Os jogadores               andam         pelo gramado cansados. 
                         

                sujeito                                                             núcleo verbal                                                     núcleo nominal
                                                                                        predicado verbo-nominal



O predicativo
 O predicativo atribui qualidade ou estado ao sujeito ou ao objeto. Por isso, há dois tipos de predicativo:

• Predicativo do sujeito: indica qualidade ou estado do sujeito por intermédio de um verbo, que pode ser de ligação, transitivo ou intransitivo:

Ex: Mônica           está                 triste. 
                  

             sujeito                              v. de ligação                      atributo do suj.

• Predicativo do objeto: indica qualidade ou estado do objeto por intermédio de um verbo transitivo:

Ex: Eles         julgaram          o criminoso       culpado. 
             


                sujeito                  v. trans. direto                                     obj. direto                          predicativo do objeto



Links com exercícios sobre Predicado e Predicativo:
http://www.infoescola.com/portugues/predicado/exercicios/
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2874779
http://www.soportugues.com.br/secoes/exercicios.php?indice=2-2

http://pt.scribd.com/doc/3324895/Portugues-Gramatica-Aula-04-Predicativos
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2852801


3º Ano: Eis links com exercícios sobre Colocação Pronominal:
http://colocacaopronominal2.vilabol.uol.com.br/exercicios.htm

http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/exercicios/
           

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Versificação

Boa tarde, 2002 E 2003!
Eis aí a aula de hoje. Bons estudos!

Verso: cada uma das linhas do poema, que pode ter sentido completo ou não.
Estrofe ou Estância:  conjunto de versos; as estrofes encontram-se separadas por um espaço em branco.
Estrutura Estrófica: as estrofes podem ser classificadas consoante o número de versos que a constituem.
Número de de versos                  Classificação das estrofes
                               1                                             Monóstico
                               2                                             Dístico
                               3                                             Terceto
                               4                                             Quadra
                               5                                             Quintilha
                               6                                             Sextilha
                               7                                             Sétima
                               8                                             Oitava
                               9                                             Nona
                      10                                               Décima
               Mais de 10                                        Irregular              

MÉTRICA é a medida ou quantidade de sílabas métricas que um verso possui.
ESCANSÃO é a divisão e a contagem das sílabas métricas de um verso, que não é feita da mesma forma que a divisão e contagem de sílabas normais, pois, segundo a Versificação:
Separam-se e contam-se as sílabas de um verso até a última sílaba tônica desse verso.
                   Ex: Es| tou | dei| ta| do | so| bre| mi| nha| ma| la
                          1      2      3    4     5      6     7     8      9     10 

Sílabas gramaticais
"Ah!/ Quem/ há/ de/ ex/ pri/ mir/, al/ ma/ im/ po /nen /te/ e/ es/ cra/ va" (Olavo Bilac) - 17 sílabas gramaticais.
 Sílabas poéticas
"Ah!/ Quem/ há/ de ex/ pri/ mir/,al/ ma im/ po/ nen /te e es/ cra/ va" (Olavo Bilac) - 12 sílabas poéticas.
 Na contagem de sílabas poéticas, as palavras estão ligadas umas às outras mais intimamente. É isso que confere ao texto o ritmo e a melodia próprios dos versos.
           O encontro entre duas vogais iguais é chamado de crase.
           O encontro entre duas vogais diferentes é chamado de elisão.
           As sílabas são contadas até a última sílaba tônica do verso.
Conta-se até à última sílaba tónica da última palavra do verso.
ex.:  Pa la vras não  e ram di  (tas)         
         O ca va lei ro a che gar
No interior do verso, a sílaba terminada em vogal une-se à sílaba seguinte, se esta também começar por vogal.
 ex.: Um/ cor/ po    a/ ber/ to/ co/ mo   os/ a /ni/ mais/



Estrutura Métrica
Número de sílabas
Classificação dos versos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Monossílabo
Dissílabo
Trissílabo
Tretassílabo
Pentassílabo ou redondilha menor
Hexassílabo
Heptassílabo ou redondilha maior
Octossílabo
Eneassílabo
Decassílabo
Hendecassílabo
Dodecassílabo ou Alexandrino


RITMO é o resultado da regular sucessão de sílabas tônicas e átonas de um  verso. Para os gregos, ele é um elemento melódico tão essencial para o  poema  quanto para a Música.
VERSOS LIVRES são versos que não seguem as normas da Versificação quando à métrica e/ou ao ritmo.
 SOM ou RIMA também é para os antigos um elemento essencial para que um poema seja uma POESIA. A rima é a identidade e/ou semelhança sonora existente entre a palavra final de um verso com a palavra final de outro verso na estrofe.
       Foneticamente, uma rima pode ser:
 PERFEITA - se houver identidade entre as terminações das palavras que rimam (neve/leve).
 IMPERFEITA - se houver apenas semelhança (estrela/vela).
       Morfologicamente, a rima é:
POBRE - quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical (coração/oração).
 RICA - quando as palavras que rimam pertencem a classes gramaticais diferentes (arde/covarde).
Obs: A classificação é assim mesmo. Pobres – mesma classe gramatical. Ricas -  classe gramatical diferentes.

Quanto à posição na estrofe, as rimas podem ser classificadas como:
a)      emparelhadas ou paralelas (aabb)
    “Vagueio campos noturnos  a            
     Muros soturnos                 a          
     Paredes de solidão            b             
     Sufocam minha canção.”    b          
                                      (Ferreira Gullar)
b) cruzadas ou alternadas (abab)
    “Se o casamento durasse       a
    Semanas, meses fatais         b
    Talvez eu me balançasse       a
    Mas toda a vida... é demais!” b
                            ( Afonso Celso)
c) opostas, intercaladas ou interpoladas (abba)
   “Não sei quem seja o autor      a
     Desta sentença de peso          b
     O beijo é um fósforo aceso      b
     Na palha seca do amor!”         a        
                                       (B. Tigre)
d) continuadas: consiste na mesma rima por todo o poema.
e) misturadas: são as rimas que não seguem esquematização regular.
f) versos brancos: são os do poema sem rima.

POEMAS DE FORMA FIXA
    Alguns poemas apresentam forma fixa, o que já indica a preocupação formal do poeta em relação à sua obra e, assim, que ele segue à risca as normas da Versificação no momento da sua elaboração. São eles:
. Soneto: poema formado por dois quartetos e dois tercetos, normalmente composto por versos decassílabos e de conteúdo lírico;
 Balada: poema formado por três oitavas e uma quadra;
. Rondel: poema formado por duas quadras e uma quintilha;
.  Rondó: poema com estrofação uniforme de quadras;

PARANOMÁSIA: Quando numa mesma sentença temos o emprego de palavras parônimas, ou seja, palavras de sons parecidos, dizemos que ocorreu aí a paranomásia, figura de linguagem que consiste no emprego de palavras parecidas, numa mesma sentença, gerando uma espécie de trocadilho.
Ex.: Houve aquele tempo...
         (E agora, que a chuva chora, ouve aquele tempo!)
                                                                               (Ribeiro Couto)

PARALELISMO: Relação de equivalência, por semelhança ou por contraste, entre dois ou mais elementos. Em poesia, paralelismo é o termo que designa, habitualmente, a correspondência rítmica, sintática e semântica entre as estruturas. Há uma repetição da estrutura da frase com as mesmas palavras como outras diferentes. O paralelismo aparece associado muitas vezes à anáfora e à antítese.
«Se não fosse o rei! é a desculpa invariável
  dos ministros que não governam,
  dos oradores que não falam,
  dos jornalistas que não escrevem,
  dos intrigantes que não alcançam.»
                                                               (Eça de Queirós)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E depois do Enem....

E aí, pessoal do 3º ano, como foi o Enem? Pois é, estávamos ansiosos desde o início do ano por esta avaliação e agora vocês acabaram de passar por ela. Deu um alívio, né? Mas não relaxem e esqueçam que ainda tem o fim do ano letivo....rsrsrs Falta pouco para terminar mais esta etapa da vida estudantil de vocês. Vamos lá, força!!!!


Pessoal do 2º, não fique triste, no próximo ano será a vez de vocês.....rsrsrsrs
Mas vamos ao que interessa agora:

Figuras de linguagem:

Ironia: consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que se pensa, visando à sátira ou à ridicularização.

Onomatopeia: Consiste na imitação do som ou da voz natural dos seres.

 Assonância: É a repetição de vogais na mesma frase.

Aliteração: Consiste na repetição de fonemas no início ou interior das palavras.

Elipse: Ocorre quando há omissão de um termo, que fica subentendido pelo contexto e que é facilmente identificado.

Anáfora: É a repetição de termos no início de cada verso ou frases.

Hipérbato: É a inversão da ordem natural (direta) dos termos na oração, ou das orações no período.