quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Olá!

Olá pessoal! Estamos na reta final, hora de levar mais a sério as aulas de todas as disciplinas, ok?

2º Ano: Eis aí o tema estudado em sala: Predicado e predicativo.
                                    
                                  O Predicado
Os predicados contêm necessariamente um verbo, mas seu núcleo pode ser um verbo, um nome, ou pode ser formado por um verbo e um nome. De acordo com o tipo de núcleo os predicados se classificam em:

• Predicado nominal: é aquele que tem como núcleo um nome, uma forma verbal (substantivo, adjetivo, locução adjetiva). Tipo de predicado em que ocorre verbo de ligação e predicativo do sujeito.

Ex: Ela            anda                  feliz
            
      
             sujeito                      v. de ligação                             pred. do sujeito
                                              predicado nominal


• Predicado verbal: é aquele que tem como núcleo um verbo.

Ex: Os jogadores                andam      pelo gramado.

          sujeito                                                               núcleo do predicado
                                                                                     predicado verbal


• Predicado verbo-nominal: é aquele que tem dois núcleos: um verbo e um nome.

Ex: Os jogadores               andam         pelo gramado cansados. 
                         

                sujeito                                                             núcleo verbal                                                     núcleo nominal
                                                                                        predicado verbo-nominal



O predicativo
 O predicativo atribui qualidade ou estado ao sujeito ou ao objeto. Por isso, há dois tipos de predicativo:

• Predicativo do sujeito: indica qualidade ou estado do sujeito por intermédio de um verbo, que pode ser de ligação, transitivo ou intransitivo:

Ex: Mônica           está                 triste. 
                  

             sujeito                              v. de ligação                      atributo do suj.

• Predicativo do objeto: indica qualidade ou estado do objeto por intermédio de um verbo transitivo:

Ex: Eles         julgaram          o criminoso       culpado. 
             


                sujeito                  v. trans. direto                                     obj. direto                          predicativo do objeto



Links com exercícios sobre Predicado e Predicativo:
http://www.infoescola.com/portugues/predicado/exercicios/
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2874779
http://www.soportugues.com.br/secoes/exercicios.php?indice=2-2

http://pt.scribd.com/doc/3324895/Portugues-Gramatica-Aula-04-Predicativos
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2852801


3º Ano: Eis links com exercícios sobre Colocação Pronominal:
http://colocacaopronominal2.vilabol.uol.com.br/exercicios.htm

http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/exercicios/
           

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Versificação

Boa tarde, 2002 E 2003!
Eis aí a aula de hoje. Bons estudos!

Verso: cada uma das linhas do poema, que pode ter sentido completo ou não.
Estrofe ou Estância:  conjunto de versos; as estrofes encontram-se separadas por um espaço em branco.
Estrutura Estrófica: as estrofes podem ser classificadas consoante o número de versos que a constituem.
Número de de versos                  Classificação das estrofes
                               1                                             Monóstico
                               2                                             Dístico
                               3                                             Terceto
                               4                                             Quadra
                               5                                             Quintilha
                               6                                             Sextilha
                               7                                             Sétima
                               8                                             Oitava
                               9                                             Nona
                      10                                               Décima
               Mais de 10                                        Irregular              

MÉTRICA é a medida ou quantidade de sílabas métricas que um verso possui.
ESCANSÃO é a divisão e a contagem das sílabas métricas de um verso, que não é feita da mesma forma que a divisão e contagem de sílabas normais, pois, segundo a Versificação:
Separam-se e contam-se as sílabas de um verso até a última sílaba tônica desse verso.
                   Ex: Es| tou | dei| ta| do | so| bre| mi| nha| ma| la
                          1      2      3    4     5      6     7     8      9     10 

Sílabas gramaticais
"Ah!/ Quem/ há/ de/ ex/ pri/ mir/, al/ ma/ im/ po /nen /te/ e/ es/ cra/ va" (Olavo Bilac) - 17 sílabas gramaticais.
 Sílabas poéticas
"Ah!/ Quem/ há/ de ex/ pri/ mir/,al/ ma im/ po/ nen /te e es/ cra/ va" (Olavo Bilac) - 12 sílabas poéticas.
 Na contagem de sílabas poéticas, as palavras estão ligadas umas às outras mais intimamente. É isso que confere ao texto o ritmo e a melodia próprios dos versos.
           O encontro entre duas vogais iguais é chamado de crase.
           O encontro entre duas vogais diferentes é chamado de elisão.
           As sílabas são contadas até a última sílaba tônica do verso.
Conta-se até à última sílaba tónica da última palavra do verso.
ex.:  Pa la vras não  e ram di  (tas)         
         O ca va lei ro a che gar
No interior do verso, a sílaba terminada em vogal une-se à sílaba seguinte, se esta também começar por vogal.
 ex.: Um/ cor/ po    a/ ber/ to/ co/ mo   os/ a /ni/ mais/



Estrutura Métrica
Número de sílabas
Classificação dos versos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Monossílabo
Dissílabo
Trissílabo
Tretassílabo
Pentassílabo ou redondilha menor
Hexassílabo
Heptassílabo ou redondilha maior
Octossílabo
Eneassílabo
Decassílabo
Hendecassílabo
Dodecassílabo ou Alexandrino


RITMO é o resultado da regular sucessão de sílabas tônicas e átonas de um  verso. Para os gregos, ele é um elemento melódico tão essencial para o  poema  quanto para a Música.
VERSOS LIVRES são versos que não seguem as normas da Versificação quando à métrica e/ou ao ritmo.
 SOM ou RIMA também é para os antigos um elemento essencial para que um poema seja uma POESIA. A rima é a identidade e/ou semelhança sonora existente entre a palavra final de um verso com a palavra final de outro verso na estrofe.
       Foneticamente, uma rima pode ser:
 PERFEITA - se houver identidade entre as terminações das palavras que rimam (neve/leve).
 IMPERFEITA - se houver apenas semelhança (estrela/vela).
       Morfologicamente, a rima é:
POBRE - quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical (coração/oração).
 RICA - quando as palavras que rimam pertencem a classes gramaticais diferentes (arde/covarde).
Obs: A classificação é assim mesmo. Pobres – mesma classe gramatical. Ricas -  classe gramatical diferentes.

Quanto à posição na estrofe, as rimas podem ser classificadas como:
a)      emparelhadas ou paralelas (aabb)
    “Vagueio campos noturnos  a            
     Muros soturnos                 a          
     Paredes de solidão            b             
     Sufocam minha canção.”    b          
                                      (Ferreira Gullar)
b) cruzadas ou alternadas (abab)
    “Se o casamento durasse       a
    Semanas, meses fatais         b
    Talvez eu me balançasse       a
    Mas toda a vida... é demais!” b
                            ( Afonso Celso)
c) opostas, intercaladas ou interpoladas (abba)
   “Não sei quem seja o autor      a
     Desta sentença de peso          b
     O beijo é um fósforo aceso      b
     Na palha seca do amor!”         a        
                                       (B. Tigre)
d) continuadas: consiste na mesma rima por todo o poema.
e) misturadas: são as rimas que não seguem esquematização regular.
f) versos brancos: são os do poema sem rima.

POEMAS DE FORMA FIXA
    Alguns poemas apresentam forma fixa, o que já indica a preocupação formal do poeta em relação à sua obra e, assim, que ele segue à risca as normas da Versificação no momento da sua elaboração. São eles:
. Soneto: poema formado por dois quartetos e dois tercetos, normalmente composto por versos decassílabos e de conteúdo lírico;
 Balada: poema formado por três oitavas e uma quadra;
. Rondel: poema formado por duas quadras e uma quintilha;
.  Rondó: poema com estrofação uniforme de quadras;

PARANOMÁSIA: Quando numa mesma sentença temos o emprego de palavras parônimas, ou seja, palavras de sons parecidos, dizemos que ocorreu aí a paranomásia, figura de linguagem que consiste no emprego de palavras parecidas, numa mesma sentença, gerando uma espécie de trocadilho.
Ex.: Houve aquele tempo...
         (E agora, que a chuva chora, ouve aquele tempo!)
                                                                               (Ribeiro Couto)

PARALELISMO: Relação de equivalência, por semelhança ou por contraste, entre dois ou mais elementos. Em poesia, paralelismo é o termo que designa, habitualmente, a correspondência rítmica, sintática e semântica entre as estruturas. Há uma repetição da estrutura da frase com as mesmas palavras como outras diferentes. O paralelismo aparece associado muitas vezes à anáfora e à antítese.
«Se não fosse o rei! é a desculpa invariável
  dos ministros que não governam,
  dos oradores que não falam,
  dos jornalistas que não escrevem,
  dos intrigantes que não alcançam.»
                                                               (Eça de Queirós)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E depois do Enem....

E aí, pessoal do 3º ano, como foi o Enem? Pois é, estávamos ansiosos desde o início do ano por esta avaliação e agora vocês acabaram de passar por ela. Deu um alívio, né? Mas não relaxem e esqueçam que ainda tem o fim do ano letivo....rsrsrs Falta pouco para terminar mais esta etapa da vida estudantil de vocês. Vamos lá, força!!!!


Pessoal do 2º, não fique triste, no próximo ano será a vez de vocês.....rsrsrsrs
Mas vamos ao que interessa agora:

Figuras de linguagem:

Ironia: consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que se pensa, visando à sátira ou à ridicularização.

Onomatopeia: Consiste na imitação do som ou da voz natural dos seres.

 Assonância: É a repetição de vogais na mesma frase.

Aliteração: Consiste na repetição de fonemas no início ou interior das palavras.

Elipse: Ocorre quando há omissão de um termo, que fica subentendido pelo contexto e que é facilmente identificado.

Anáfora: É a repetição de termos no início de cada verso ou frases.

Hipérbato: É a inversão da ordem natural (direta) dos termos na oração, ou das orações no período.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Enem 2011....dica: muita calma nessa hora! rsrs

Pois é....o fim do ano está chegando e com ele o tão famoso Enem para os alunos do 3º ano. Se vc é daqueles que deixam tudo pra cima da hora, creio que estudar só agora não vai ajudar muito, mas como diz o ditado: "a esperança é a última que morre"...rsrs
Mas...... vou dar uma forcinha. Vão aí uns links para ajudá-los nesta reta final. Bons estudos!!!

Dicas Indispensáveis para quem vai fazer o Enem: http://www.youtube.com/watch?v=9Hf5xxsaRMc

Funções da linguagem: http://www.youtube.com/watch?v=u26kgB0M3pU&feature=related

Como fazer uma boa redação: http://www.youtube.com/watch?v=KAFMZHcqYEo&feature=related

Dicas dos primeiros colocados em 2010: http://www.youtube.com/watch?v=C9bmnOz68Mc&feature=related

Interpretando texto: http://www.youtube.com/watch?v=Bxvuc4AzCFE

Aprendendo a comparar textos: http://www.youtube.com/watch?v=2zsB1m79fPI&feature=related

Analisando diferentes textos: http://www.youtube.com/watch?v=PJX8nlJNvwc&feature=related

Identificando elementos do texto: http://www.youtube.com/watch?v=QmlawEBCp1g&feature=related

Você também pode acessar as outras aulas de outras disciplinas no site: http://www.c7s.com.br/canal7/

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Eis que chega Setembro e o fim do 3º bimestre.....

Pois é, meu povo. Está acabando o 3º bimestre.... para muitos um alívio, pois já estão com as notas em dia, para outros, o desespero...... porque ainda falta muito para chegar lá.....rsrsrs Mas como diz o ditado: "A esperança é a última que morre".....alguém aí tem uma sogra de nome Esperança? kkkkkkkkk

Mas vamos ao que interessa!

2º Ano:
Quero dar os parabéns aos alunos das turmas 2002 e 2003 pelo trabalho apresentado na aula de hoje. Alguns atingiram em cheio o objetivo do trabalho, outros passaram raspando....rsrsrs mas não fiquem apreensivos, todos ganharão nota acima de 1,5....kkkkk....."Ai, como tô maquiavélica"....kkkkkk


3º Ano:
Hoje demos uma relembrada nos casos de concordância nominal e verbal. Estão aí alguns links com exercícios para ajudá-los nos estudos. E não esqueçam de fazer os exercícios do livro.
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/concordancia-nominal

http://www1.folha.uol.com.br/folha/interacao/quizfo07.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/interacao/quizfo08.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/quiz17.shtml

http://www.infoescola.com/portugues/concordancia-verbal/exercicios/


Bons estudos! Bom fim de semana!

sábado, 27 de agosto de 2011

Realismo, Naturalismo e Parnasianismo

2º Ano
Eis os vídeos sobre o Realismo, Naturalismo e Parnasianismo, tema de nossa última aula. Bons estudos.


Sobre Machado de Assis, vocês podem acessar o site da ABL  http://www.machadodeassis.org.br/ ou http://machado.mec.gov.br/

Matéria do teste: Verbos, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Machado de Assis. Valor de 5,0 pontos.

Bom estudo!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Eu não disse? rsrs

Pois é.... mal o bimestre começou a professora já está enchendo a turma de matéria.....fazer o quê? São ócios do ofício......kkkkkkkkk

2º Ano:
Hoje estudamos, ou melhor, relembramos a classe dos verbos. Classe importante tanto para linguagem oral como para a escrita. O conteúdo gramatical vocês encontrarão no livro, iniciando-se na página 143. Lembrem-se que há exercícios a serem feitos (pág.146,147,148).
Vão aí alguns links com alguns exercícios para a prática. Bons estudos!!!!


http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/verbos-exercicios-com-gabarito.html                   



3º ANO:
Na aula falamos mais um pouco sobre como organizar o texto de forma coerente e coesa. Seu interlocutor precisa entender o que você escreveu ou disse, por isso o texto deve ser claro, coerente e coeso.
Voltem uns posts e nas aulas do 2º ano encontrarão material sobre este assunto, ok? Bons estudos!

Links com alguns exercícios:
http://elis-mileumaideias.blogspot.com/2009/05/exercicios-de-coesao-e-coerencia.html

http://www.portuguesconcurso.com/2009/10/exercicios-de-coesao-textual.html

http://gramaticaonline.blogspot.com/2005/07/exerccios-de-coerncia-e-coeso-textual.html

http://www.lendo.org/exercicios-de-coesao-e-coerencia/


               Para que o desespero? Ainda dá tempo!!! 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E começou o 3º bimestre.....rs

Vamos aos trabalhos!

2º Ano:
Após ouvirmos a música, cada dupla deveria identificar as características das personagens principais.

Estaremos trabalhando com Tipos de personagens.

Tipos de personagens
1. Planas (lineares)
Constituídas de uma única idéia ou qualidade; carecem de profundidade. A personalidade delas é pobre, repetitiva; são previsíveis quanto ao seu comportamento, infensas à evolução. Jamais nos surpreenderão durante ou ao final da narrativa. Podem ser subdivididas em:
a) Tipos
São personagens típicas, de contornos e características peculiares e, exatamente por isso, eternizam-se: quem se esqueceria de Sancho Pança, em D. Quixote? Comadres fofoqueiras, homossexuais, padres, nos romances, fazem parte deste rol de personagens.
b) Caricaturas
São personagens que têm distorções propositais, a fim de ensejar o cômico, o ridículo, o satírico: Patrocínio das Neves, a "Titi" do livro A Relíquia, de Eça de Queirós.
2. Redondas
São complexas, bem acabadas interiormente, repelem todo o intuito de simplificação. São também chamadas de multiformes, e nos surpreenderão porque evoluem na narrativa. Dinâmicas e tridimensionais, podem ser subdivididas em:
a) Caracteres
São personagens cuja complexidade se acentua, gerando conflitos insolúveis: é o caso das personagens clássicas gregas: Édipo Rei, Prometeu, Medéia.
b) Símbolos
São personagens que parecem ultrapassar a barreira do mero humano, transcendem. Ostentam profundidade psicológica e multiplicidade de ações: Diadorim, de Grande Sertão: Veredas, Ulisses, da ; epopéia grega A Odisséia, de Homero.
Estas personagens, imprevisíveis em suas atitudes, rompem com a linearidade e nos provocam impactos com suas ações: Medeia, que mata os filhos, apesar de amá-los, para vingar-se do marido que a trocara por outra mulher; Édipo, que, após ter descoberto sua verdadeira origem, conclama a multidão e fura os olhos na frente do povo; Prometeu, que furta o fogo sagrado dos deuses e alia-se aos mortais e andróginos, castigado, amarrado ao Cáucaso, com uma águia a lhe devorar todos os dias o fígado que cresce sem parar.
As personagens podem ser caracterizadas física ou psicologicamente, ou ainda, de ambas as maneiras simultaneamente.


Quanto à atuação no enredo

Principais e secundárias
A referência serve para designar que às principais cabe sustentar, como eixo, todos os fatos inerentes à narrativa. Às secundárias cabe dar suporte à continuidade da história, intermediando as ações e girando ao redor das principais como seres complementares.
a) Protagonistas
As que encabeçam as ações, sustentam o eixo narrativo. O mesmo que principais. Leonardo (filho) em Memórias de um Sargento de Milícias é bom exemplo disso.
b) Antagonistas
Designação atual para o antigo vilão. Cabe a elas impedir, dificultar, atormentar a "vida" das personagens protagonistas. Como observação, seria bom lembrar que as antagonistas não precisam ser propriamente pessoas; às vezes, são representadas por sentimentos, grupos sociais, peculiaridades de ordem física, psicológica ou social dos indivíduos e até podem representar instituições. Suponhamos que você tenha uma história onde dois indivíduos do mesmo sexo se amem e queiram casar. O antagonista será o Estado, a sociedade, a Constituição que os impedirá de concretizarem seus desejos.
c) Coadjuvantes
O mesmo que secundárias. Co-auxiliam no desenvolvimento da história.
Tempo
Para o crítico Massaud Moisés, o tempo, no romance, provavelmente constitua o ingrediente mais complexo e o mais relevante: de certo modo, tudo no romance forceja por transformar-se em tempo, que seria, em última instância, o escopo magno do romancista. Mais do que escrever uma história, mostrar cenários, criar personagens, o seu objetivo consistiria na criação de um tempo e da sua fixação, dentro das coordenadas de um livro. Senhor absoluto do tempo, o recepcionista pode acompanhar as personagens durante toda a sua existência. " O crítico ressalta, ainda, que dois tipos de tempo podem ser considerados numa narrativa:
Histórico (cronológico)
Chamado também de linear, diacrônico, é mensurável e segue a organização do dia-a-dia. Tem o ritmo do calendário ou do relógio e pode, muitas vezes, ser apontado por situações adverbiais: à noite, naquela manhã, no outono de 1997. Outros índices temporais podem ser levados em consideração: durante a adolescência, por um instante.
Psicológico (interior ou pessoal)
Decorre "dentro" das criaturas. E sempre imaterial, não mensurável, particular. A única maneira de medi-lo é através das associações com a duração dos sentimentos.
Não é o tempo dos meses, relógios, calendários. É o tempo o ser.
Exemplo do cotidiano: Você marca um encontro, o primeiro, com quem ama, às 7 da noite. Às cinco em ponto você já tomou banho, escolheu a roupa. Olha o . relógio que não move os ponteiros. Estas duas horas que separam vocês serão infinitamente longas, embora o tempo real tenha sido marcado nos relógios de maneira idêntica a todas as horas.
Um outro exemplo: sentado(a) na carteira do c vestibular, com a aflição das inúmeras questões pela frente, seu relógio voa quatro horas são céleres demais.
E o tempo psicológico, interior.
Espaço
Nenhuma personagem, em qualquer tipo de narrativa, está solta no espaço. A especialidade existe sob a forma de ambiente onde se insiram as personagens. E numa classificação simplista, podem ser qualificados; de abertos (o campo, uma praça) e fechados (uma casa, um cômodo, uma sala). Os espaços, muitas vezes, singularizam as criaturas. Veja o exemplo de Bento Santiago, em Dom Casmurro, que mandou reconstruir a casa de sua infância; ou observe um romântico como Alencar descrevendo "os mares bravios", as praias do Ceará, a pequena floresta onde encontramos Iracema pela primeira vez, no livro homônimo.
Em A Relíquia, o narrador cria para a "Titi" um espaço fechado, escuro e tenivel dos fanáticos religiosos. A descrição do oratório, cheio de santos, incensos, toalhas bordadas e um Cristo crucificado; a sala imponente e sombria... Leve, ainda, em consideração o espaço criado por José Lins do Rego, em Fogo Morto: na região do Pilar, ele indica a decadência de um Nordeste antigo e latifundiário usando como símbolo de uma estrada de terra batida, caminho que vai para todos os lugares e traz todas as criaturas e seus sofrimentos.
O espaço é vital para a construção de boas histórias. Menos que um pano de fundo, é indicador de características humanas: O "Paraíso", em O Primo Basílio mostra o caráter das relações entre Basílio e Luísa, assusta-a pelo feio, sujo, quando esperava o belo e romântico lugar para encontrar"se com o amante.
Em O Cortiço, de Aluísio Azevedo, é antes uma personagem, ganha corpo, é antropomorfizado, assemelhase às criaturas. Da mesma forma que a natureza em O Guarani, de Alencar, rompe as barreiras de simples pano de fundo para as ações e passa a ocupar estatus de personagem grandiosa.
Tipologia de Espaços Físicos
São espaços "verdadeiros", ambientes criados pelo narrador para contextualizar suas personagens; é o cenário. No Romantismo, por exemplo, é meramente decorativo; no Realismo, em contrapartida, faz parte indissociável das características mais profundas da personagem: decifra suas características ou, então, indica, através do Determinismo, que o homem é produto do meio em que vive.
Psicológicos
Muitas vezes, o espaço é meramente interior e reflete estados psicológicos. Principalmente nas narrativas intimistas, a especialidade tem acento nitidamente psíquico e aponta os estados de alma das personagens.
Tomando como exemplo Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector, a personagem Joana irá embora no final da narrativa. Em espaço aberto, pelo mar, procurará o "coração selvagem da vida", lugar desconhecido, mas intuído ou sonhado.
Ainda não entendeu o que é espaço psicológico? Vamos lá! Você, suponhamos, receberá um diploma, um prêmio. Está nervoso, inquieto. Chamam seu nome, há centenas de pessoas olhando para você que... atravessa a pista de dança de um clube qualquer e dirige-se à mesa principal para ser premiado, diplomado. O trajeto até a mesa será imenso, quilométrico. Quando olhado numa outra ocasião, parecerá muito menor do que aquele que você, inquieto e nervoso, atravessou com o coração saltando pela boca. Entendeu agora?
Ação
Muito cuidado para não confundir ação com enredo, história ou argumento narrativos. Podemos definir ação como uma seqüência de acontecimentos na narração e, como se encadeiam numa ordem natural de causa e efeito, acabam por formar o todo de que se alimenta a história.
Dessa forma, um conjunto de ações feitas ou recebidas pelas personagens, encadeadas entre si, geram o enredo.
Horácio, poeta latino, observava que a ação, juntamente com o tempo e o espaço, formava o que conhecemos como a "lei das três unidades" que qualquer narrativa jamais pode dispensar para ser digna de crédito.
A seqüência das ações narrativas desenvolve-se no tempo, não se esqueça disso; é um conjunto de fatos; no entanto, é preciso observar que esta seqüência de fatos nem sempre implica uma ação. Para que isso aconteça, é preciso que tais fatos estejam "amarrados" entre si, que formem um todo a que podemos chamar, então, de enredo.
Quando se escreve, não podemos deixar ao longo das narrativas que produzimos "fios soltos". Eles devem ser "amarrados" entre si, produzindo o que chamamos de coerência interna. Mais do que descrever fatos, precisamos prestar atenção e produzir situações que se encadeiem, originando daí o todo narrativo, o conjunto de circunstâncias acionais que gerem uma história na qual se creia.
Como você pode perceber, as ações implicam também verossimilhança e dão unidade e sentido à sua narração ou a qualquer texto que conte uma história.



3º Ano


Este bimestre trabalharemos com textos jornalísticos, então comecem a ler muitos jornais....rsrsrs


http://www.espacoacademico.kit.net/categorias_do_jornalismo.pdf